Com multiplicidade econômica e cultural, Campo Grande completa hoje 123 anos de “vida”

A cidade respira desenvolvimento, com crescimento vertical, vivendo talvez um dos melhores momentos de sua história recente.

26 agosto, 2022 - 14h20


A terra de José Antônio Pereira completa 123 anos nesta sexta-feira (FOTO: Edemir Rodrigues)

ESPECIAL CAMPO GRANDE 123 ANOS

A terra de José Antônio Pereira, do tereré, da música regional, da gastronomia misturada com churrasco, carreteiro e sopa paraguaia, raízes de todas as raças, de todos os credos, cosmopolita e plural está celebrando 123 anos neste 26 de agosto. Próximo de fechar 1 milhão de habitantes, Campo Grande é o centro das principais manifestações populares de Mato Grosso do Sul, uma capital com ar interiorano, onde é possível confrontar a arquitetura moderna com velhos casarios, numa imaginária linha tênue entre prédios cada vez mais altos e a histórica pensão Pimentel, atual Morada dos Baís, sobrevivente do tempo com seu desenho arquitetônico do século passado.

A Cidade Morena surgiu como povoado no sul de Mato Grosso e foi transformada na capital de Mato Grosso do Sul, na criação do Estado, em 11 de outubro de 1977, tendo desempenhado papel fundamental na formação histórico-econômica de toda a região.

A cidade respira desenvolvimento, com crescimento vertical, vivendo talvez um dos melhores momentos de sua história recente. Tem o carro-chefe de sua economia na pujança do comércio e dos serviços, mas a diversificação de seu potencial tem adicionado outros tantos segmentos econômicos no mesmo patamar, como indústria e o agronegócio.

E foi justamente com a preocupação de garantir esse crescimento econômico, com geração de empregos, focando no social, via Habitação, Saúde, Educação e, em especial na Infraestrutura, que a atual gestão estadual estruturou uma parceria com a Capital, desde o primeiro ano de Governo, em 2015, para garantir que a Capital seguisse no mesmo ritmo de desenvolvimento que sua gente dita e exige no cotidiano.

Para se ter ideia, ao longo dos últimos 7 anos e meio, o Governo do estado destinou mais de R$ 2 bilhões para destravar projetos estruturantes que estavam emperrados por falta de aporte financeiro do município. Todos, indistintamente, direcionados para o desenvolvimento econômico e social da cidade.

Para o governador Reinaldo Azambuja, o trabalho desenvolvido ao longo desses anos reflete na melhor qualidade de vida da população. “Campo Grande é hoje uma das capitais que mais crescem no Brasil. É uma bela cidade que tem a marca do nosso trabalho. Fizemos inúmeros investimentos aqui, da saúde à infraestrutura. Resolvemos problemas, criamos soluções e entregamos oportunidades para as pessoas”, afirma o governador.

Juntos por Campo Grande

Na área da infraestrutura, o Governo do Estado se uniu à Prefeitura Municipal para destravar importantes obras, como a urbanização dos Córregos Bálsamo, Segredo e Taquaral; recuperação da malha viária nas regiões do Anhanduizinho, Bandeira, Centro e Segredo; de revitalização da Norte Sul; e de melhoramento dos sistemas de captação de águas pluviais no Anhanduí. Mais de R$ 120 milhões de recursos estaduais foram repassados à administração estadual por meio de convênios e repasses financeiros.

Além dessas modalidades de investimento, o Estado executou R$ 200 milhões em diversas obras em Campo Grande. Entre elas, a pavimentação da MS-010; a revitalização do Indubrasil e do Polo Industrial Norte; o asfalto novo no Aero Rancho, na Avenida Mato Grosso e na Rua Bahia; a reconstrução da Avenida Euler de Azevedo; a reforma do Parque dos Poderes; e as ações de controle de erosão no Parque das Nações Indígenas e no Córrego Joaquim Português.

Gerente de uma loja de festas no cruzamento das ruas Bahia e Euclides da Cunha, Letícia Araújo destaca a qualidade da obra. “O asfalto está muito bom. Aqui a infraestrutura precisa ser de qualidade porque o trânsito e o movimento é bem puxado, mas a via está ótima para transitar. A clientela também está satisfatória”, descreve.

Larissa Fernandes elogia o asfalto e a nova estrutura da Avenida Euler de Azevedo. “Passo por aqui todos os dias para buscar minha filha na escola, não tenho do que reclamar. Ficou muito boa e nunca mais vi acidente na avenida, o trânsito ficou bem seguro”, conta.

Estruturação de hospitais

Na área da saúde, os investimentos estaduais ultrapassam os R$ 900 milhões em repasses e os R$ 110 milhões em reestruturação de diversas unidades de saúde. Campo Grande ganhou do Estado as reformas do Hemosul, do Laboratório Central e do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. A administração estadual ainda aplicou recursos na conclusão do Hospital do Trauma, anexo à Santa Casa, que ficou mais de 10 anos paralisado, e do Hospital de Câncer Alfredo Abrão.

Ainda falando de saúde, graças à ação do Estado, a pandemia de Covid-19 não fez mais estragos do que o previsto pelo próprio município. Entre tantas ações e trabalhos conjuntos, o Hospital Regional virou centro de referência para o tratamento da doença. Além disso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) travou uma verdadeira batalha para aquisição e distribuição das vacinas contra a infcção.

Moradias para quem precisa

Cinco mil famílias campo-grandenses conquistaram a casa própria nos últimos oito anos com apoio do Estado. A gestão de Reinaldo Azambuja investiu mais de R$ 44 milhões em programas habitacionais que atendem quem mais precisa, como moradores da antiga favela Cidade de Deus, que foram retirados da região do antigo lixão e realocadas nos bairros Bom Retiro, Pedro Teruel e Canguru. Com parceria do Estado, mais de 200 famílias construíram a própria casa de alvenaria em substituição aos barracos de lona.

“Estou muito satisfeita com a minha casa, nem se compara à época em que eu morava em lona na Cidade de Deus. Melhorou bastante a nossa vida. Eu fui uma das primeiras a serem contempladas com as novas residências, já moro aqui (Bairro Bom Retiro) há seis anos. Só tenho que agradecer”, afirma a dona de casa Margarida de Moura.

Esporte, lazer e cultura

Uma das obras mais emblemáticas entregues neste governo foi o Bioparque Pantanal, importante centro de turismo, lazer e cultura. O complexo foi inaugurado após 11 anos de obras, algumas paralisações e diversos entraves jurídicos. Superados problemas, o Bioparque Pantanal hoje encanta visitantes do mundo inteiro e é um importante pólo científico de estudo das espécies pantaneiras. Toda a estrutura foi colocada em pé com mais de R$ 250 milhões.

Cartão Postal de Campo Grande, Bioparque Pantanal. (FOTO: Edemir Rodrigues)

Além disso, o Estado investiu recursos em importantes obras ações que fomentam o esporte, o lazer e a cultura. Com apoio financeiro do governo, Campo Grande recebeu reforma do Guanandizão e a construção da piscina e também da pista de atletismo, ambas no Parque Ayrton Senna. Em execução, a reforma do Morenão e a construção da praça de esportes com pista de skate no bairro Tijuca II animam a população.

O vice-presidente do Tijuca ll, Paulo Sérgio Arce, mora há mais de 30 anos na região e diz que a construção da praça no bairro é uma conquista para as famílias. “A maior importância é para as nossas crianças. O foco, antes de tudo, é tirar as crianças da rua. É gratificante. É de suma importância para toda a comunidade”, avalia.

Gestão

Recentemente, ações do Governo do Estado em benefício da população da Capital facilitaram a gestão da Prefeitura de Campo Grande. Para o transporte público da cidade não colapsar, o Governo do Estado socorreu financeiramente a prefeitura, assumindo compromisso de repassar R$ 1,2 milhão por mês ao município até dezembro deste ano. O Estado ainda repassou recursos para reordenamento do trânsito em pontos críticos da Capital, como a rotatória das Três Barras, e fechou parceria para realização em conjunto de novas obras, como a construção da nova Feira Central e a duplicação e recapeamento da Avenida dos Cafezais.


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